terça-feira, 21 de julho de 2009

Assassinado líder do Bloco Popular em Honduras

Tegucigalpa, 12 jul. ABN - Ao redor das 8:00 da noite do sábado, 11 de julho, foi assassinado com três disparos o líder do Bloco Popular e da Frente Nacional de Resistência contra o Golpe de Estado, Roger Iván Bados, na cidade nortista de San Pedro Sula.
O coordenador nacional do Bloco e da Frente contra o Golpe de Estado, Juan Baraona, fez a denúncia para a Agencia Bolivariana de Noticias (ABN), por considerar este ato como sicariato.
A versão que se tem é que um homem de bicicleta se aproximou da residência de Bados e lhe endereçou três disparos que lhe causaram a morte.
'Tudo isso é parte do ambiente e da ação de repressão do governo golpista que não vai se cansar de reprimir o povo, porque é a única forma de manter-se no poder, aterrorizando e matando o povo', manifestou.
Ao mesmo tempo, indicou que, como o governo de fato não tem um respaldo popular, 'não lhe resta outra opção que matar os dirigentes, não há outra maneira para que esse governo possa se sustentar'.
Bados era membro do partido de esquerda Unificação Democrática e do Bloco Popular em San Pedro Sula, a uns 250 quilômetros ao norte da capital, e ex-presidente do sindicato de uma empresa de cimento da urbe.
Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias

terça-feira, 7 de julho de 2009

Honduras: a resistência contra os golpistas continua

Tegucigalpa, 6 jul. (PL) ─ Milhares de manifestantes retornaram hoje às ruas da capital de Honduras e da cidade de San Pedro Sula para repudiar a repressão do regime golpista e exigir a restituição do presidente constitucional, Manuel Zelaya.
"Apesar da barbárie desatada por este governo fascista, a resistência do povo se mantém firme até o último momento", declarou o dirigente da Confederação Unitária dos Trabalhadores, Israel Salinas.
Na véspera o regime impediu a aterrissagem no aeroporto de Toncontín do avião em que Zelaya retornava ao país, junto com a chanceler Patricia Rodas e o presidente da Assembleia Geral da ONU, Miguel D'Escoto.
As tropas do exército deslocadas para o terminal aéreo reprimiram violentamente milhares de pessoas que esperavam o mandatário e causaram a morte de dois adolescentes e feridas em mais de uma dezena de manifestantes.
Em homenagem às vítimas as organizações populares declararam a jornada de hoje como dia de luto e carregaram um ataúde em sua mobilização à Casa do Governo.
"Assassinos, assassinos", gritavam em coro os manifestantes em frente aos cordões de isolamento colocados pelo exército e pela polícia para impedir-lhes a aproximação do lugar.
Manifestações similares se realizaram em San Pedro Sula, a segunda cidade em importância do país.
"Nossa conduta se mantém inalterável. Temos que continuar nessa luta até que os usurpadores saiam do poder", declarou Erasto Reyes, do Bloco Popular.
Nove dias depois de iniciado o golpe de Estado, o país se encontra semiparalisado e sob um toque de recolher durante o qual centenas de sindicalistas, estudantes, camponeses e representantes de outros setores foram presos.

Fonte: Prensa Latina